???item.export.label??? ???item.export.type.endnote??? ???item.export.type.bibtex???

Please use this identifier to cite or link to this item: http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1426
???metadata.dc.type???: Dissertação
Title: Cruzamentos decoloniais com o nanorracismo na constituição dos corposterritórios das mulheres negras advogadas de Feira de Santana, Bahia
???metadata.dc.creator???: Melo, Daniele Cerqueira Britto de 
???metadata.dc.contributor.advisor1???: Miranda, Eduardo Oliveira
???metadata.dc.description.resumo???: Percorrer os caminhos do racismo é uma construção dolorosa, mas necessária para minar suas estruturas ainda fortalecidas pelas ideologias das caravelas (MIRANDA, 2022). Mais ainda doa e dilacere, talvez, enxergar tal ferramenta de violência e alcançar sua atuação invisível a qual Achille Mbembe (2018) chama de nanorracismo. Com o objetivo de compreender o que de fato é o nanorracismo e como sua funcionalidade atravessa os corpos-territórios, parti do meu próprio corpo enquanto advogada negra que reside e atua principalmente na Comarca de Feira de Santana, Bahia. Controem comigo esta dissertação, enquanto copesquisadoras, as advogadas Dra. Lorena Aguiar, Dra. Mariana Rodrigues e Dra. Natanny Santos, todas negras e com atuação principal também na cidade de Feira de Santana, Bahia. As fundações que sustentam os corpos-territórios das mulheres que escreveram esta pesquisa são compostas por narrativas peculiares às que tem na cor da pele e no seu gênero as imposições das colonialidades. Para compreender de que forma as violências do nanorracismo se constituem sobre estes corpos e seus reflexos nas existências destas mulheres recorre-se, inicialmente, à recusa em utilizar referenciais teóricos construídos pelo que defino como a “perspectiva do colonizador”, ou seja, socio-político e historicamente georreferenciadas pelas chancelas européias ou pactuadas com estas. Aqui, cito a decolonialidade como ancoragem teórica desta pesquisa científica, como um desnudar crítico e epistemológico trazido por autoras como Catherine Walsh (2019), María Lugones ( Desta forma, os estudos de Achile Mbembe (2017) Lélia Gonzalez (1988), Abdias do Nascimento (2016) e Frantz Fanon (2008) formam o alicerce teórico para uma ampla e precisa visão dos contextos históricos, sociais e políticos que constituíram as políticas da inimizade sobre os corpos negros. Acrescenta-se a este referencial a imprescindível compreensão da categoria corpo-território trazida pelos baianos Muniz Sodré (1983) e Eduardo Oliveira Miranda (2018), cujas (in) conclusões reúnem-se aos escritos de Ochy Curiel (2020), Glória Andalzúa (2005), Maria Aparecida Bento (2002) e Nilma Lino Gomes (2017), que contribuem sobremaneira para as compreensões das identidades e atravessamentos dos marcadores raça, gênero e sexualidade nos corpos das mulheres negras. Buscando a ampliação das comunicações, interpretações e conhecimentos oriundos dos corpos-territórios que constroem esta pesquisa foi utilizado como ancoragem metodológica a Sociopoética de Jacques Gauthier (1999), que compreende o corpo como um dispositivo para produção de conhecimento, valorizando e utilizando todas as possíveis dimensões dos sentidos, sendo este o objetivo geral deste trabalho: revelar de que forma o norracismo atravessa o corpo-território das mulheres negras advogadas, que por sia vez se coadunam com os objetivos específicos, quais sejam, descrever a trajetória formativa das mulheres negras advogadas nos cursos de direito de Feira de Santana; identificar, através da criticidade da decolonialidade, como se impõe o nanorracismo à mulheres negras e advogadas no ambiente acadêmico e profissional e mostrar as nanoinsurgências destas mulheres durante as suas trajetórias formativas e atuação profissional, posto que é inerente à nossa existência a recusa em manter em nossas mentes e liberdades os grilhões das subalternidades.
Abstract: Traveling along the paths of racism is a painful construction, but necessary to undermine its structures still strengthened by the ideologies of the caravels (MIRANDA, 2022). It even more hurts and tears, perhaps, to see such a tool of violence and achieve its invisible performance, which Achille Mbembe (2018) calls nanoracism. In order to understand what nanoracism actually is and how its functionality crosses the bodies-territories, I started with my own body as a black lawyer who resides and works mainly in the District of Feira de Santana, Bahia. The lawyers Dr. Lorena Aguiar, Dr. Mariana Rodrigues and Dr. Natanny Santos, all black and with main activity also in the city of Feira de Santana, Bahia. The foundations that support the bodies-territories of the women who wrote this research are composed of narratives peculiar to those whose skin color and gender are the impositions of colonialities. In order to understand how the violence of nanoracism is constituted on these bodies and its reflexes in the existences of these women, we initially resort to the refusal to use theoretical references constructed by what I define as the “perspective of the colonizer”, that is, socio-cultural politically and historically georeferenced by European seals or agreed with them. Here, I cite decoloniality as the theoretical anchor of this scientific research, as a critical and epistemological undressing brought by authors such as Catherine Walsh (2019), María Lugones ( In this way, the studies of Achile Mbembe (2017) Lélia Gonzalez (1988), Abdias do Nascimento (2016) and Frantz Fanon (2008) form the theoretical foundation for a broad and accurate view of the historical, social and political contexts that constituted the policies of enmity towards black bodies. -territory brought by the Bahians Muniz Sodré (1983) and Eduardo Oliveira Miranda (2018), whose (in) conclusions come together with the writings of Ochy Curiel (2020), Glória Andalzúa (2005), Maria Aparecida Bento (2002) and Nilma Lino Gomes (2017), who greatly contribute to the understanding of identities and crossings of race, gender and sexuality markers in the bodies of black women. tions and knowledge from the bodies-territories that build this research, the Sociopoetics of Jacques Gauthier (1999) was used as a methodological anchorage, which understands the body as a device for the production of knowledge, valuing and using all possible dimensions of the senses, this being the general objective of this work: to reveal how norracism crosses the body-territory of black women lawyers, which in turn are in line with the specific objectives, which are to describe the formative trajectory of black women lawyers in the law courses of Feira from Santana; to identify, through the criticality of decoloniality, how nanoracism is imposed on black women and lawyers in the academic and professional environment and to show the nanoinsurgencies of these women during their formative trajectories and professional performance, since it is inherent to our existence to refuse to keep in our minds and liberties the shackles of subalternities.
Keywords: Advogadas negras
Nanorracismo
Decolonialidade
Nanoinsurgências
Corpo-território
Black women lawyers
Nanoracism
Decoloniality
Nanoinsurgencies
Bodyterritory
???metadata.dc.subject.cnpq???: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
CIENCIAS HUMANAS
Language: por
???metadata.dc.publisher.country???: Brasil
Publisher: Universidade Estadual de Feira de Santana
???metadata.dc.publisher.initials???: UEFS
???metadata.dc.publisher.department???: DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
???metadata.dc.publisher.program???: Mestrado Acadêmico em Educação
Citation: MELO, Daniele Cerqueira Britto de. Cruzamentos decoloniais com o nanorracismo na constituição dos corpos-territórios das mulheres negras advogadas de Feira de Santana, Bahia. 2022. 94 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação) - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2022.
???metadata.dc.rights???: Acesso Aberto
URI: http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1426
Issue Date: 31-Aug-2022
Appears in Collections:Coleção UEFS



Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.