@MASTERSTHESIS{ 2019:79852852, title = {Sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas aplicados ao mapeamento dos manguezais na região do baixo sul da Bahia}, year = {2019}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/885", abstract = "Os manguezais brasileiros ocupam uma área equivalente a 25.000 km2 e são encontrados ao longo de quasetoda a extensão da costa brasileira. Na Bahia, estima-se que os manguezais ocupam uma área de1.000 km2, com o destaque para a região do Baixo Sul, onde as maiores florestas estão situadas entre os municípios de Valença e Maraú. Os mangues são de fundamental importância econômica para a sustentação das comunidades pesqueiras do seu entorno. O objetivo do estudo foi mapear e analisar a variação espacial e temporal das áreas de cobertura de manguezais dos territórios da pesca artesanal em quatro municípios da região do Baixo Sul da Bahia, por meio de um mapeamento utilizando técnicas de Sensoriamento Remoto e o Sistema de Informações Geográficas.Foram utilizadas imagens de sensor Landsat 5, 8 dos anos de 1994 e 2017 por meio de classificação supervisionada utilizando o método MAXVER. Também foram usadas imagens de alta resolução do Google Earthparaidentificação e mapeamento dos principais vetores responsaveis pela supressão das áreas de manguezais. Posteriormente, os dados foram convertidos para formato vetorial (shapefile) e quantificados. Considerou-se necessário mapear e analisar as classes de uso e cobertura da zona costeira da área de estudo, para identificação dos fatores que afetam a integridade dos manguezais.A utilização das imagens de alta resolução do Google Earth permitiu identificar oito principais classes de uso e cobertura: manguezal, restinga, vegetação ombrófila densa, carcinicultura, loteamentos, tanques de camarão, área urbana e corpos d’água. No período analisado (1994-2017) foram identificados três vetores responsáveis pela supressão do manguezal: a expansão urbana, escavação de tanques para carcinicultura, e o avanço de áreas de apicum.A expansão urbana vem atingido sobretudo os manguezais do município de Valença;o avanço da carcinicultura vem ocorrendo no município de Nilo Peçanha, especificamente nas comunidades de São Francisco e Barra dos Carvalhos; enquanto Cairu é o município com maior redução da área de manguezal por processo aparentemente natural de avanço dos apicuns. Ressalta-se que a área total de manguezais da zona costeira do município de Nilo Peçanha sofreu uma redução de aproximadamente 18% da cobertura natural observada 2002 (4,31km2), restando em 2017 apenas 3,53 km2 de manguezais. No mesmo período, pode-se registrar uma expansão das áreas de cultivo (tanques) de camarão cinco vezes maior que a observada em 2002. Estes tanques estão localizados em Área de Proteção Permanente (APP), dentro de uma unidade de conservação estadual (APA do Pratigi), onde é proibida a supressão da vegetação nativa e instalação de qualquer empreendimento sem o devido processo de licenciamento ambiental.De uma forma geral, a classificação supervisionada foi satisfatória para os objetivos propostos no estudo realizado. O uso das ferramentas de Sensoriamento Remoto e Sistema de Informações Geográficas foram fundamentais na identificação dos vetores responsáveis pela supressão das áreas de manguezal na região do Baixo Sul da Bahia.A análise das imagens do Google Earth permitiu localizar e acompanhar a variação das áreas de cobertura de manguezal e das classes de uso e ocupação da zona costeira estuarina, em detalhes e qualidade excelentes, permitindo substituição do acesso in loco em áreas que exponha o pesquisador a riscos, ou que dispõe de poucos recursos financeiros, a partir da detecção remota, como demonstrado neste estudo", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado em Modelagem em Ciência da Terra e do Ambiente}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA} }