@MASTERSTHESIS{ 2012:242618480, title = {Repercussões do processo de trabalho na saúde do enfermeiro do programa saúde da família: prazer e sofrimento}, year = {2012}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1017", abstract = "Este estudo tem como objetivos, analisar o processo de trabalho do enfermeiro e sua relação com a produção do prazer e do sofrimento no Programa Saúde da Família (PSF) de Feira de Santana-BA; compreender os significados por eles atribuídos ao trabalho, ao prazer e ao sofrimento no processo de produção do cuidado; identificar os elementos do processo de trabalho que configuram situações de prazer e/ou sofrimento; discutir as estratégias desenvolvidas pelo enfermeiro para ter prazer e/ou evitar o sofrimento no cotidiano do trabalho. Estudo de caso, qualitativo. Utilizou-se como técnicas de coleta de dados a entrevista semiestruturada e a observação sistemática, e como método de análise, a de conteúdo temática. Os dados foram sistematizados em quatro categorias: 1) Processo de Trabalho do enfermeiro no PSF; 2) Significado do trabalho, prazer e sofrimento; 3) Prazer e sofrimento no trabalho do enfermeiro; 4) Enfrentamento. Os resultados evidenciaram um processo de trabalho composto por sujeitos, em sua maioria, mulheres, recém-formados, com pouco tempo de atuação no PSF, sem direitos trabalhistas e com outros vínculos, que reconheceram o usuário, a comunidade e até demais profissionais da equipe como o seu objeto de trabalho. Embora, assumissem a prevenção e promoção como finalidades do seu trabalho, mostraram-se, ainda, “presos” a práticas assistencialistas. Os meios revelaram uma preponderância de tecnologias leve-dura e dura, desenvolvidas em múltiplas atividades na própria unidade, domicílios e espaços comunitários, desconfortáveis e com riscos diversos. O ritmo de trabalho era acelerado e o tempo gasto com atividades burocráticas consumia boa parte da carga horária. Para o enfermeiro, o produto final do seu trabalho articulava-se ao vínculo e reconhecimento da comunidade, podendo ser limitado pela falta de autonomia. O significado do trabalho surgiu como concretização de uma vocação, satisfação das necessidades do outro – usuário, e de benefícios sob a forma de acúmulo de bens materiais e imateriais. O significado do prazer emergiu como sensação de bem-estar, em poder satisfazer a necessidade deste outro. O significado do sofrimento, por sua vez, se confundiu com suas causas: a tristeza do usuário, a (des)assistência da rede e a impotência do enfermeiro. Impactos de ordem física vieram do não atendimento de suas necessidades humanas básicas, do desgaste com excesso de atividades burocráticas, ausência de parceria com o médico e existência de mais de um vínculo de trabalho. As causas de insatisfação estavam associadas às condições de trabalho, precarização e pouco tempo para família. Estratégias de enfrentamento, tais como, comportamentos de fuga, atividades físicas e de lazer constituíram-se como “válvulas de escape” que não conduziam a uma superação no sentido de modificar o trabalho e o sujeito. A grande rotatividade de enfermeiros na gestão municipal mascarou a magnitude do problema, justificando a necessidade de mais estudos e uma política de valorização desses trabalhadores que discuta a organização do trabalho e seu impacto na saúde dos enfermeiros do PSF.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }