@MASTERSTHESIS{ 2013:446772818, title = {Morbimortalidade materna no Estado da Bahia: diferenciais segundo a raça/cor da pele}, year = {2013}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/80", abstract = "Introdução : De acordo com a organização Mundial de Saúde, a morbidade materna é compreendida como a ocorrência de complicação durante a gestação, parto, ou puerpério que, se não tratadas podem complicar e levar à morte. A mortalidade materna, por sua vez, é definida como a morte de mulheres em idade fértil (15 - 49 anos) durante a gestação ou nos 42 dias após o parto. Objetivo: analisar a morbimortalidade materna no estado da Bahia em 2010, segundo diferenciais de raça/cor da pele. Métodos: Estudo descritivo e ecológico, de múltiplos grupos, da morbimortalidade materna nos 49 municípios mais populosos da Bahia, em 2010, segundo a raça/cor da pele. Foram utilizados dados secundários disponibilizados nos Sistemas de informação em Saúde (SIS), Sistema de informação sobre mortalidade (SIM); Sistema de informação sobre Nascidos Vivos (SINASC); Sistema de informação hospitalar (SIH) do departamento de informática do SUS (Data SUS) e dados socioeconômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para análise da associação entre as variáveis independentes e dependentes utilizou- se o modelo de regressão logística de Poisson através do software STATA versão 10 e R versão 2.15.2. Na espacialização dos dados foi usado aplicativo ARCGIS 10.0 Resultados : Em 2010, na Bahia, foram registrados 209.444 internamentos de mulheres em idade fértil. Nos 49 municípios com maior densidade populacional ocorreram 118.773 internamentos. Destes, 57.173 (48,1%) ocorreram na população negra, 6.938 (5,8%) na população branca; 54.551(45,9%) sem informação da raça/cor da pele. O total de óbitos maternos registrados no SIM na faixa etária de 15 - 49 anos correspondeu a 154 óbitos, sendo que 85 destes óbitos ocorreram nos 49 municípios (55,2%). A Razão de Mortalidade Materna (RMM) na Bahia foi 72,5/100.000 Nascidos vivos (NV) enquanto nos municípios estudados foi 71,9/100.000(NV). Nas análises de associação bivariada e multivariada observou- se que o número de mortes maternas associou- se positivamente com proporção de população negra, já que, à medida que a proporção de população negra aumentou 5%, o risco de morte materna aumentou para a 25.2% (p < 0.0278) e 26.6%(p<0.0366) respectivamente. Na análise bivariada Índice de Gini e IDH também se associaram, mas não foram estatisticamente significantes. Na análise multivariada foi observado que houve aumento no risco de morte mesmo quando ajustado pela variável taxa de água (TXAG), sendo esse resultado es tatisticamente significante. Conclusão : Os dados analisados revelaram maior incidência e prevalência de morbimortalidade materna na população negra. A subnotificação de registros relacionados ao preenchimento da variável raça/cor da pele dificulta uma análise mais precisa da morbimortalidade e representa uma lacuna face à efetividade das ações em saúde para grupos de mulheres mais vulneráveis. A redução da morbidade e mortalidade materna deve ser um compromisso universal e emergencial. Investimentos em humanização e universalização da qualidade da assistência à saúde materna constituem uma significativa ação afirmativa contra a exclusão e a injustiça social.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Profissional em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }