@MASTERSTHESIS{ 2023:1339688102, title = {Eu não nasci de chocadeira: a polêmica entre reformistas e tradicionalistas sobre o estatuto das famílias do século XXI}, year = {2023}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1586", abstract = "O discurso hegemônico sobre a configuração da família brasileira é determinado pelos parâmetros tradicionais da civilização ocidental, materializados na Constituição Federal de 1988: pai, mãe e filhos. Um contradiscurso reformista, baseado na afetividade, solicita o reconhecimento legal de diversas configurações familiares já existentes em nossa sociedade, a partir do Projeto de Lei denominado Estatuto das Famílias do Século XXI, o que consequência um evento polêmico no espaço político brasileiro. A partir disso, nos deparamos com o problema de quais elementos potencializam/acirram o evento polêmico e a violência verbal no espaço político sobre o tema da família e quais são as possibilidades de gestão moduladora da intensidade da violência verbal. Sob a visada dos marcos teóricos da Análise Dialógica da Argumentação, encontro epistemológico-metodológico promovido por Nascimento (2018) entre o dialogismo de Bakhtin com a Nova Retórica de Perelman e Olbrechts-Tyteca, lançamos mão das noções de evento polêmico, atos polêmicos, microatos polêmicos e alter éthos. A violência verbal está compreendida como ato polêmico e a disputa de sentido bivocal de família como o microato polêmico. Tivemos como objetivo geral analisar o evento polêmico em questão, a fim de compreender o funcionamento da violência verbal e da argumentação entre os dois campos antagônicos a disputar o sentido de família no espaço político, debatido em uma sessão ordinária da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em 21 de agosto de 2019, devidamente transcrita em notas taquigráficas oficiais. Os objetivos específicos foram os de discutir a pertinência da análise dialógica da argumentação e o seu dialogismo polêmico; analisar o evento polêmico em torno do Estatuto das Famílias do Século XXI e a constituição dos campos em conflito; discutir a violência verbal como ato polêmico, buscando compreender de que maneira a gestão da polêmica pode acirrar sua intensidade. Nossos resultados apontam para a polêmica como desacordo profundo, acirrado pela interincompreensão entre os dois campos, pela polarização, a qual é intensificada pela violência verbal. Esta última é, por sua vez, difícil de ser modulada quanto às suas possibilidades de gestão no espaço público político, uma vez que demanda dos sujeitos dialógicos argumentantes o exercício ético responsável dos seus atos argumentativo-enunciativos.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }