@MASTERSTHESIS{ 2014:1909510263, title = {Sexualidade: cosmo da vida expresso pelo desenho}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/122", abstract = "Desenho é uma palavra polissêmica que indica, dentre outras coisas, descrição, projeto, representação gráfica, debuxo, registro, desígnio. Sua utilização pela humanidade data da préhistória. Na verdade, ele é uma área do conhecimento humano que possui linguagem própria e, embora não substitua as palavras, não necessita delas para expressar uma mensagem. O pesquisador Hallawell (2004) define o desenho com a interpretação de realidades quaisquer – emocional, visual, mental – expressa de forma gráfica. Por sua vez, Gomes (1996) propõe a diferenciação entre o desenho no sentido de representação gráfica, chamado por ele de debuxo, e o desenho que indica planejamento, intenção mental, que o autor chama de desígnio. Na Renascença, utilizaram-se recursos da Matemática, Geometria e outras ciências, os quais, associados ao desenho, permitiram a feitura de obras ímpares, cujas imagens – compostas em superfícies planas – possuem tridimensionalidade e jogo de luz e sombra. Nesta última técnica, Leonardo da Vinci (1452-1519) figurou como maior nome, porque os tons de claro e escuro presentes nos desenhos e pinturas deste artista sobrepujaram aos encontrados em seu tempo – uma época onde se buscou, como nunca antes, representar o real por meio da arte. Nesse período conflituoso – Renascimento – Leonardo compôs Coito de Homem e Mulher Hemisseccionados, o desenho da anatomia de uma relação sexual. E, como todo artista imprime em suas obras informações nem sempre conscientes por ele no ato criativo, a partir da questão “Quais os elementos ou componentes da sexualidade encontram-se representados no desenho Coito de Homem e de Mulher Hemisseccionados (Coition of a Hemisected Man and Woman) de Leonardo da Vinci?”, realizamos um estudo iconográfico com o objetivo geral de desvelar os elementos da sexualidade presentes no desenho mencionado, verificando como ele os denota e/ou conota. Para a cultura renascentista – regida pelo pensamento da Igreja, contudo, desgarrando-se dele – seria um sacrilégio representar o interior de corpos humanos em pleno ato sexual. No entanto, ao investigar esse “sacrilégio” cometido por Da Vinci, encontramos informações preciosas para os dias atuais. Percorremos um caminho cheio de idas e vindas para satisfazer nossos objetivos, os quais, no que tange aos específicos foram: analisar o desenho supracitado, relacionando-o a três multifaces do Desenho (área do conhecimento): arte, desígnio e grafia (no sentido de representação gráfica); identificar os elementos/componentes da sexualidade presentes na obra; relacionar desenho, sexualidade e saúde a partir da imagem, isto é, trazê-los à tona por meio do conteúdo gráfico desenhado que compõe a obra e evidenciar a importância do Desenho e da imagem para investigações que possuam componentes da área da saúde, como é o caso da própria sexualidade. No trajeto, buscamos o desenho do “Coito” em livros e sites especializados; após encontrá-lo, detalhamos toda a obra, no momento chamado descrição pré-iconográfica. Verificamos os motivos artísticos de Leonardo associados aos saberes da saúde humana. E permitimos que a imagem do desenho assumisse o primeiro plano, proporcionando-nos, assim, desvendar seus componentes. Então, o Desenho, através de sua linguagem ímpar, revelou no “Coito” elementos da sexualidade sublimados nas linhas e traços que o compõem, fazendo menção ao equilíbrio social através da mesma – neste caso, desenhada pela arte –, para ajudar as pessoas a produzirem saúde embasadas no respeito à vida, sem desprezar a espiritualidade deste ser tão bio-psico-sócio-cultural que é o humano.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Desenho Cultura e Interatividade}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }