@MASTERSTHESIS{ 2024:100870451, title = {Práticas colaborativas, trabalho em equipe e as barreiras para efetivação da interprofissionalidade: um olhar na possível transformação do cuidar}, year = {2024}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1720", abstract = "Introdução: A Atenção Primária à Saúde pela sua aplicabilidade no cuidado, representa contexto estratégico para a implementação da integralidade, ao considerar seus aspectos de atuação multi/interprofissional, transdisciplinar, intersetorial, dinâmica de trabalho e porta de entrada preferencial nas Redes de Atenção à Saúde. Neste nível de atenção, as equipes são compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que em conjunto, compartilham e apoiam as práticas nos territórios, em que visa superação do cuidado fragmentado. Nesse nexo, a interprofissionalidade vem como alicerce do trabalho conjunto, colaborativo e pautado no compartilhamento de objetivos e saberes em prol do cuidado integral, centrado no usuário, por considerar o caráter complexo e dinâmico da saúde, dos cidadãos e da coletividade. Objetivos: Analisar as práticas de cuidado e o exercício interprofissional na Atenção Primária à Saúde, em um município do interior da Bahia. Como objetivos específicos, compreender as práticas de cuidado sob a ótica da resolutividade do cuidado e da integralidade; conhecer as barreiras e entraves para o exercício da prática interprofissional na Atenção Primária à Saúde; e promover qualificação, mediante os produtos técnicos, dos trabalhadores e estudantes da saúde para o cuidado interprofissional e colaborativo no cotidiano dos processos de trabalho em saúde. Metodologia: O estudo é de natureza qualitativa e de caráter exploratório. Foi realizado no município de Anguera-Bahia, na região Centro-Leste deste estado. Os participantes foram os trabalhadores das equipes de Saúde da Família e da equipe multiprofissional, com no mínimo seis meses de atuação no serviço de saúde municipal. A definição da amostra por saturação, totalizou 18 entrevistados para a produção dos dados. Utilizou-se a entrevista semiestruturada e a interpretação dos dados baseou-se na Análise Temática de Conteúdo. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade do Estado da Bahia. Além da produção científica decorreu dois produtos técnicos mediante necessidade detectada, a partir dos dados produzidos: um guia prático sobre interprofissionalidade e um curso sobre este tema. Resultados: A importância da equipe multiprofissional em conjunto com as equipes de Saúde da Família, por meio do trabalho colaborativo, mostrou-se fundamental na busca do cuidado integral dos usuários, relatado pelos entrevistados. Para tanto, os profissionais de distintas formações da saúde, cada um ao contribuir com suas habilidades, podem oferecer uma abordagem integrada do cuidado para que usuários e comunidades se beneficiem ao serem assistidos por equipe multiprofissional integrada à Saúde da Família. O reconhecimento da insuficiência de ações de qualificação profissional, a escassez de recursos e a alta demanda de atendimento foram apontados pelos trabalhadores como barreiras que atravessam o cotidiano dos serviços de saúde e dificultam o agir profissional colaborativo, qual se configura como um desafio para a garantia do cuidado integral e resolutivo, que é preconizado pelo Sistema Único de Saúde. Para além da produção científica, foi realizado um minicurso que abordou sobre interprofissionalidade e prática colaborativa, bem como a construção de um guia prático, entregue de forma impressa e digitalizada, com os elementos fundamentais dessa forma de agir no cuidar, de modo a promover maior conhecimento sobre o tema e mediante os entrevistados demonstrarem pouco conhecimento teórico a respeito. Conclusão: Aspectos que abrangem desde a qualificação da equipe até a disposição de recursos financeiros na Atenção Primária podem se constituir como obstáculos para plena articulação dos diferentes núcleos de saberes no exercício do cuidado compartilhado e das práticas colaborativas. Diante disso, a equipe multiprofissional ao trabalhar em conjunto com a equipe mínima e desempenhar o exercício da prática interprofissional, apresenta-se como uma ferramenta que reduz visões fragmentadas e individuais dentro da equipe, o que finalmente contribui para a efetivação da integralidade da atenção e na resolutividade do cuidado. Desta forma, é fundamental produzir caminhos para consolidar transformações que contribuam para a mudança da lógica de cuidado fragmentado, com implementação de processos formativos, que visem o cuidado integral e resolutivos, preconizados pelo Sistema Único de Saúde.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Profissional em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }