@MASTERSTHESIS{ 2024:105120924, title = {Sucuiuba: justiça hídrica e ancestralidade na Chapada Diamantina}, year = {2024}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1773", abstract = "Este trabalho propõe um mergulho profundo em cinco comunidades do território de identidade da Chapada Diamantina para analisar como cada uma delas reage e adapta às mudanças climáticas, para manter seus sistemas de engenharia e gestão das águas diante da crescente demanda hídrica, da necessidade cada vez maior de irrigação para garantir a produção de alimentos e do apelo urgente às questões ambientais. Estas comunidades estão situadas em áreas de conflitos socioambientais e com variações de estresse hídrico bem acentuados nos últimos anos. Diante disso, a pesquisa toma como base ocorrências de conflitos entre estas comunidades e a gestão pública das águas nos últimos dois anos (2022/23) através da observação participante, na condição de pesquisador militante (etnográfico), seguido por entrevistas semi-estuturada, tendo como base a investigação social interdisciplinar que valoriza tanto as chaves teóricopolíticas do pensamento crítico latinoamericano – decoloniais, epistemologias do sul, ecofeministas e pluriversais – aos clássicos do materialismo histórico-dialético. A ideia é conectar estas abordagens, sem apego a formalismos estruturalistas, mas atento à necessidade da realização de pesquisas empíricas a fim de encontrar voz no silêncio e produzir conhecimento novo e útil aos desafios cotidianos das comunidades trabalhadas. Em linhas gerais, essa metodologia soma-se ao método de equivocação controlada ao materialismo histórico-dialético com um movimento intelectual na perspectiva de Sociologia Viva e Contra Antropológica. Tendo como base as questões agrárias da região irei travar uma luta alegórica entre a serpente e o boi, na qual, a primeira representa o saber e a diversidade camponesa e o segundo representa o mito da identidade nacional, representado pelo Estado, com sua tendência global para um modelo padrão de tomada de decisões e aplicabilidade prática da gestão pública das águas, na maioria das vezes ancorada na racionalidade científica e no controle do conhecimento. Desse modo, irei demonstrar como este modelo implantado tem sido questionado, tanto por evidenciar o Estado Nação como referência política e jurídica, como por criar novas lógicas de expulsões próprias das economias políticas globais, evidenciando sistemas em crises como aponta Porto Gonçalves (1989; 2001; 2002), Marshall Berman (2007) e Saskia Sassen (2014). Este olhar sugere um panorama mais abrangente, onde toda forma de conhecimento é necessariamente política, já que muda os modos e os resultados da distribuição dos bens ecológicos.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS} }