@MASTERSTHESIS{ 2025:228698746, title = {Representações do fascismo na HQ "Maus: a história de um sobrevivente."}, year = {2025}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1825", abstract = "Esta dissertação investiga as representações do fascismo na Histórias em Quadrinhos “Maus” (1987; 1995), de Art Spiegelman, articulando as teorias de Maurice Halbwachs (1990) sobre memória coletiva, Roger Chartier (1988; 1991; 2010) sobre representações culturais e as análises de Robert Paxton (2004), Theodor Adorno (2020) e Umberto Eco (2018) acerca da dinâmica fascista. A pesquisa parte da premissa de Halbwachs de que a memória é um fenômeno socialmente construído, mediado por quadros sociais e esquemas de percepção. A obra é analisada como um artefato cultural e histórico situado na intersecção entre memória individual e coletiva, operando como um dispositivo crítico para desvelar práticas e representações de discursos fascistas. Demonstra-se que Maus transcende o testemunho histórico ao revelar, por meio de estratégias gráficas e narrativas, a persistência do fascismo como fenômeno político-cultural. A articulação entre análise visual e teoria crítica reforça o potencial das Histórias em Quadrinhos como instrumentos para confrontar legados autoritários, contribuindo para os estudos sobre memória, representação e cultura visual. Metodologicamente, a pesquisa combina análise estrutural, contextual e qualitativa, expandindo abordagens anteriores (Chico, 2020) e incorporando a observação de elementos paratextuais e sequências narrativas completas (Luca, 2020). A fragmentação da narrativa, com a alternância de tempos e vozes entre Vladek e Art, ilustra a memória como reconstrução dialógica. Ao examinar o fascismo como movimento dinâmico e adaptável, estabelece-se um arcabouço teórico para compreender sua representação em Maus, não só como reconstrução histórica, mas também como reflexão sobre mobilização ideológica e violência sistêmica. Consideramos Maus um espelho crítico: por meio da linguagem das Histórias em Quadrinhos, identificamos, contextualizamos e analisamos a retórica fascista. Assim, demonstramos que a luta contra a ascensão da extrema-direita não é um capítulo encerrado da história, mas um desafio ético permanente. Por fim, convidamos os leitores a reconhecerem, em Maus, os mecanismos de opressão e violência que seguem se reinventando nas sociedades contemporâneas.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Desenho Cultura e Interatividade}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }