@MASTERSTHESIS{ 2014:1731450686, title = {Aspectos etnozoológicos sobre os crustáceos estomatópodes e decápodes das praias do litoral norte da Bahia, Brasil}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/143", abstract = "O estudo teve como objetivo geral registrar o corpus etnozoológico que as comunidades de pescadores artesanais do litoral norte da Bahia possuem sobre os crustáceos estomatópodes e decápodes, além de investigar os diferentes modos de uso desses animais.O trabalhode campo foi desenvolvido em duas etapas: a primeira consistiu na coleta do material biológico; posteriormente, realizaram-se expedições visando às coletas de dados etnozoológicos através de entrevistas semiestruturadas sobre os crustáceos coletados.Os limites sul e norte da área de estudo foramas praias de Ipitanga e Mangue Seco, respectivamente, totalizando 23 pontos amostrais de coleta de material biológico. Foram realizadas 51 entrevistas nas praias de Vilas do Atlântico, Buraquinho, Jauá, Arembepe e Praia do Forte entre agosto a dezembro de 2013. Os pescadores do litoral norte da Bahia apresentam uma concepção diversificada sobre os crustáceos, com uma riqueza impressionante de percepções,utilizando diversos critérios para definir/identificar o grupo, como critérios morfológicos, fisiológicos, ecológicos e utilitários. A partir desses critérios,os pescadorescitaram um total de 42nomes, incluindo crustáceos e outros animais pertencentes a diferentes grupos taxonômicos, como polvo, equinodermos e até mesmo tartarugas-marinhas.Referente à topografia corporal, estruturas homólogas apresentaram nomes iguais nos diferentes crustáceos, demonstrando um grau de reconhecimento de sistemas análogos por parte do conhecimento tradicional. Os pescadores apresentaram conhecimento sobre processos fisiológicos, reprodutivos e sazonais dos crustáceos. Sobre a pesca,na área de estudo os pescadores artesanais utilizam um total de dez artes de pesca, sendo que o recurso mais buscado foi a lagosta (Panulirus laevicauda), seguido da sapateira (Parribacus antarticus). Os demais crustáceos não apresentaram interesse comercial e algumas espécies são capturadas eventualmente para alimentação de subsistência. Em relação aos modos de uso, constatou-se as seguintes utilizações dos crustáceos: utilitário (alimentar e comercial), artefato de pesca (isca), medicinal e estético-decorativo. Os pescadores entrevistados reconheceram, de forma unânime, a importância dos crustáceos para o meio ambiente, o que pode interferir em medidas conservacionistas, uma vez que a percepção de melhoria e preservação do ecossistema marinho pela presença desses animais pode influenciar na sustentabilidade da atividade pesqueira.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado em Zoologia}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS} }