@PHDTHESIS{ 2024:604020071, title = {Estratégias de Indeterminação do Sujeito no Português falado em Luanda-Angola}, year = {2024}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1920", abstract = "Este trabalho investigou as estratégias de indeterminação do sujeito na fala de Luanda (Angola). O trabalho está vinculado ao projeto de pesquisa “Em busca das raízes do Português Brasileiro: estudos morfossintáticos”, em sua fase III, do Núcleo de Estudos em Língua Portuguesa (NELP) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Esta pesquisa teve também como objetivo contribuir com a agenda de pesquisa do Núcleo supracitado sobre o fenômeno da indeterminação do sujeito na variedade angolana do Português e para isso foram utilizadas 32 entrevistas com falantes de Português como L1, de três faixas etárias em três níveis de escolaridade. Para a realização desse estudo, foram elencadas nove variáveis dependentes. A pesquisa compreendeu variáveis com sujeito lexical preenchido (nós, a gente, você, ele, eu); sem sujeito lexical preenchido, com algumas delas consideradas estratégias canônicas pelas gramáticas tradicionais (o verbo na terceira pessoa do singular acompanhado da partícula “se” / (Ø+V+SE), o verbo na terceira pessoa do plural / (Ø+V3PP), o verbo no infinitivo (Ø+VINF), o verbo na terceira pessoa do singular (Ø+V3PS); as presenças das formas nominais (FN), a exemplo de o homem, o pessoal, entre outros. Foram também levadas em conta, as variáveis linguísticas (grau de indeterminação, função da indeterminação, tipo de frase, tipo de oração, flexão do verbo (SE), tempo e modo verbal, transitividade verbal, tipo de verbo, estrutura do núcleo do predicado, ausência e presença de preposição, concordância com o argumento interno do verbo (SE), posição do argumento interno do verbo, preenchimento do sujeito, mudança/manutenção do referente, forma antecedente/paralelismo, inclusão do falante e as variáveis extralinguísticas (sexo, faixa etária, escolaridade, língua de intercomunicação. Foi usado o método quantitativo com o suporte do programa estatístico Goldvarb X e as análises foram feitas à luz da Teoria da Variação e Mudança (LABOV, 1972) bem como foram considerados estudos sobre o fenômeno e os aspectos sócio-históricos marcados por intensos e sucessivos contatos na formação das Variedades Africanas do Português. Os resultados mostraram que houve uma grande variedade de recursos utilizados pelos falantes para indeterminar o sujeito e que eles não se limitam as formas descritas nas GTs, tendo as variáveis internas como as mais favorecedoras. Obteve-se uma menor frequência do se como indeterminador nos três níveis de escolaridade, enquanto a forma não preenchida da primeira pessoa do plural (Ø+V1PP) teve um grande destaque, juntamente com a forma pronominalizada (nós). O fenômeno se mostrou passar por um processo de variação estável, mas já apresenta alguns indícios de que uma mudança em progresso poderá ocorrer na fala dos luandenses no futuro. Este trabalho possibilitou uma caracterização do fenômeno variável na comunidade de Luanda com vistas à ampliação de debates com a comunidade científica sobre as realidades sociolinguísticas angolanas.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }