@MASTERSTHESIS{ 2025:58167174, title = {Corpo-território em diáspora: escrevivências de uma intelectual em (des)construção e suas encruzilhadas com as trajetórias de docentes negras na UNEB}, year = {2025}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1957", abstract = "A presente pesquisa é fruto do mestrado em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGE-UEFS), acrescido da minha experiência enquanto uma mulher negra descobrindo-se pesquisadora ao longo da minha jornada de vida. As inquietações que direcionam o presente trabalho surgem da passagem pela graduação, numa universidade pública em Salvador-BA, na qual a ausência de corposterritórios como o meu era regra, sobretudo se pensado no lugar da docência universitária. Nesse sentido, questões sobre naturalizações de ausência me acompanharam desde 2010, quando acessei o ensino universitário pela política de cotas raciais. Entre encruzilhadas e refazimentos de rotas, surge a problemática que direciona a minha pesquisa: “De que forma professoras negras da UNEB forjaram os seus corpos-territórios para reposicionar a ausência da docência negra nas licenciaturas da instituição?”. Discussão esta que se somou às elucubrações fomentadas no percurso acadêmico no qual alguns incômodos foram vivenciados pelo meu corpo-território diaspórico, na medida em que, ao que parece, para estabelecermos epistemologias que dialoguem com nossas existências incorremos o risco de escamoteá-las através dos cânones acadêmicos, reforçando o lugar de margem ao qual tentam nos submeter. Enquanto o objetivo central deste estudo busquei compreender como se deu/se se dá o forjar dos corpos-territórios de professoras negras nos cursos de licenciatura no Departamento de Educação - DEDC I refletindo sobre reposicionamento das ausências desses corpos para além do físico, mas sim reverberando na formação, nos currículos, nas epistemes, ainda extremamente cisheteronormativas e eurocêntricas da universidade. No que tange aos objetivos específicos: Identificar a presença de docentes negras nos cursos de licenciatura do Departamento de Educação na Universidade do Estado da Bahia; Investigar como se deu o forjar dos corpos-territórios das docentes negras, através das suas trajetórias; Refletir se as trajetórias das docentes negras da UNEB apontam para a construção de novas epistemologias na educação. Enquanto aporte teórico-metodológico amparo-me no movimento feminista negro, na perspectiva de amefricanidade de Lélia Gonzalez (1988), no conceito de corpo-território de Beatriz Nascimento ao se afirmar “atlântica” no documentário Orí (1989) e no livro Corpoterritório e Educação Decolonial de Eduardo Oliveira Miranda (2020). Dando seguimento às pesquisas do grupo de pesquisa Corpo-território e Educação Decolonial/UEFS utilizei as escrevivências de Conceição Evaristo (2020) enquanto aporte teórico ao passo que utilizei enquanto dispositivo entrevistas as quais dialoguei com as referidas coparticipantes da pesquisa. Enquanto (in)conclusões desta obra, as trajetórias das docentes negras entrevistadas, imbricadas nas minhas escrevivências partilhadas nesta pesquisa trazem ratificações de feitos e caminhos possíveis para o fortalecimento e humanização das nossas existências dentro e fora do âmbito acadêmico, como também a efervescência de epistemologias que dizem sobre nós por nós mesmas na produção do conhecimento válido dentro e fora da universidade.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }