@PHDTHESIS{ 2025:1079804977, title = {Metodologias e seleção de genótipos de Passiflora spp. para tolerância à salinidade}, year = {2025}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1961", abstract = "O maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims) possui grande relevância econômica e social no Brasil. No entanto, a salinização progressiva de solos e recursos hídricos representa uma séria ameaça à sua produção, especialmente nas regiões semiáridas. O desenvolvimento de cultivares tolerantes é fundamental para garantir a sustentabilidade da cultura nessas áreas. Apesar disso, o conhecimento sobre os mecanismos de tolerância à salinidade em Passiflora L. ainda é escasso, dificultando a adoção de estratégias de triagem eficientes para uso em programas de melhoramento. Neste trabalho, o objetivo foi estabelecer metodologias eficazes para avaliar a tolerância ao estresse salino em acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Passiflora spp. da Embrapa Mandioca e Fruticultura e realizar a primeira triagem do gênero visando a identificação de genótipos contrastantes. Os experimentos foram conduzidos em condições controladas, em laboratório e casa de vegetação, em Cruz das Almas - BA. Inicialmente, buscouse determinar a dose crítica de salinidade para P. edulis, utilizando cinco acessos submetidos a diferentes níveis de condutividade elétrica da solução nutritiva + NaCl (CEa = 3, 6, 9, 12 e 15 dS m- ¹), além de controles (0 dS m-1 – água destilada e 2 dS m- ¹ – solução nutritiva). Essas avaliações foram realizadas em diferentes estádios fenológicos: sementes e plântulas (Capítulo 1) e plantas com duas e cinco folhas definitivas (Capítulo 2), sob exposição ao estresse por 28 e 21 dias, respectivamente. Com base nesses resultados, foi estabelecida a CEa de 9 dS m- ¹ como dose crítica para triagem. Essa concentração foi utilizada na avaliação de 86 acessos de Passiflora spp. do BAG da Embrapa, conduzida em sistema hidropônico (Capítulo 3). Em todo o estudo foram analisadas variáveis relacionadas à germinação, morfofisiológicas, nutricionais, bioquímicas e acerca da sintomatologia de salinidade. Os resultados revelaram que a tolerância à salinidade em Passiflora varia de acordo com o estádio de desenvolvimento da planta, sendo sementes, plântulas e plantas jovens de P. edulis especialmente sensíveis a partir de 3 dS m- ¹ e com reduções críticas a partir de 9 dS m- ¹. As metodologias testadas mostraram-se eficientes para identificar sintomas precoces de toxidez, por meio de escalas de notas, além de indicarem o limiar salino ideal para triagem em condições controladas. O sistema hidropônico utilizado para plantas com 20 a 30 dias de idade demonstrou ser eficaz para a caracterização de mecanismos de tolerância. A abordagem multivariada, aliada ao uso de índices de tolerância, como o Índice de Estabilidade de Rendimento (IER), permitiu captar de forma robusta a ampla variabilidade intra e interespecífica no gênero. Foram classificados como tolerantes 22 acessos pertencentes a 13 Passiflora spp., inclusive P. alata e P. edulis (espécies cultivadas). Esses materiais apresentaram maior estabilidade morfológica, fisiológica e iônica sob condições de estresse. Os resultados apontam essas espécies como candidatas promissoras para uso em programas de melhoramento visando à tolerância à salinidade, seja por cruzamentos interespecíficos com P. edulis, uso como porta-enxertos ou clonagem de materiais superiores. Esta pesquisa fornece subsídios valiosos para o desenvolvimento de híbridos tolerantes e orientam futuras investigações bioquímicas, genéticas e fisiológicas. Espera-se que a integração desses conhecimentos beneficiem diretamente programas de melhoramento e sistemas produtivos localizados em regiões de salinidade crescente, como o semiárido brasileiro.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Doutorado Acadêmico em Recursos Genéticos Vegetais}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS} }