@MASTERSTHESIS{ 2013:1765670225, title = {Acesso aos serviços na atenção à saúde da família em dois cenários da Bahia, Brasil: organização, modelo e participação social}, year = {2013}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/276", abstract = "O acesso universal e equitativo é essencial para a análise das relações entre o usuário e os serviços de saúde, pois se constitui a ocasião de acolhimento do homem, individual e coletivo, seu ingresso no sistema, na expressão da sua necessidade de saúde, em defesa da igualdade de direitos e justiça social, configurando-se como um exercício para o alcance da cidadania. Contudo, é necessário ultrapassar-se a ligação reducionista entre acesso e “porta de entrada”, tão comumente utilizada, para o alcance de sentidos maiores, que o retratem como um instrumento repleto de possibilidades transformadoras da realidade. Esta pesquisa teve como objetivos discutir a organização do acesso dos usuários aos serviços de saúde na Saúde da Família e suas interfaces com o modelo de atenção à saúde em dois cenários da Bahia, Brasil e analisar como acontece a participação social na construção das demandas coletivas para acessar os serviços de saúde na Saúde da Família nos referidos cenários. Configurou-se como um estudo qualitativo, tendo o número de sujeitos sido definidos por inclusão progressiva, interrompida pelo critério de saturação. Os sujeitos do estudo foram 102 pessoas, distribuídas entre três grupos de representação: grupo I (equipe de saúde - 49); grupo II (usuários da USF - 37) e grupo III (dirigentes do SUS municipal - 16). Técnica de coleta de dados: entrevista semi-estruturada e observação sistemática. Método de análise: análise de conteúdo temática. Os resultados revelam que a organização do acesso na Saúde da Família dá-se a partir do agendamento da demanda ou por demanda livre, sendo que esta última refere-se aos atendimentos de urgência e emergência na sua grande maioria e a escolha deste modelo de marcação foi pactuada com os usuários em reuniões comunitárias. Muitos discursos convergiram para as dificuldades que a falta de recursos materiais e de manutenção acarretam na construção de um acesso universal e com qualidade. Grande parte das representações trouxe que o número de vagas para a realização de exames complementares e de diagnósticos, bem como as consultas com especialistas, é insuficiente e está muito além da demanda apresentada. Nessa perspectiva, os Conselhos de Saúde surgem dentro da conjuntura da participação popular e do controle social como um espaço privilegiado para a escuta da comunidade e o despertar de mudanças significativas para a sociedade, embora, apenas um entrevistado do grupo II tenha demonstrado conhecimento acerca da importância do controle social e seu potencial encontra-se, ainda, muito distante do esperado. Enfim, foi-nos despertado a sensação de que os usuários precisavam passar por um funil para a efetivação da sua entrada nos serviços de saúde, o que representa a quantidade de barreiras que precisam ser vencidas na conquista do acesso ao sistema, embora, muitos usuários não consigam, na prática, ver o seu direito de assistência à saúde garantida.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }