@PHDTHESIS{ 2014:1241572291, title = {Efeito de borda na estrutura, diversidade e fenologia de floresta tropical estacional submontana}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/286", abstract = "(Efeito de borda na estrutura, diversidade e fenologia de floresta tropical estacional submontana) A fragmentação florestal causa mudanças físicas e biológicas com perda de habitat e insularização das populações, sendo oefeito de borda a consequência mais evidente desse processo.Assim,objetivou-se investigar o efeito da borda linear em um fragmento de floresta estacional submontana na Chapada Diamantina, Bahia,Brasil (12º28’31’’S e 41º23’14’’W) com o intuito de analisar a estruturae a composição da vegetação, a fenologia reprodutivae a fenologia vegetativa, classificando a floresta quanto ao seu padrão foliar, e a diversidade funcional. Foram marcadas 30 parcelas (10 x 10 m) aleatórias sendo 15 na borda da floresta (0 - 100m) e 15 no seu interior (>150m) em relação à rede elétrica de alta tensão. Para o estudo estrutural foram marcados todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito ≥5 cm. As espécies foram classificadas quanto à categoria sucessional e foram calculados os parâmetros fitossociológicos e índices de diversidade. O índice de Shannon - Wienerfoi comparado pelo teste t de Hutcheson e os demais parâmetros pela ANOVA. A partir desse estudo foram escolhidas as espécies com maior valor de importância e abundancia para as demais investigações.No estudo fenológico reprodutivo foram realizadas observações mensais durante 26 meses a 481 indivíduos (282 na borda (61 espécies) e 199 no interior (50 espécies) da floresta), registrando-se a presença e ausência de floração (botão e flor) e frutificação (frutos imaturo e maturo) para todas as formas de vida. Estimou-se sincronia, frequência e duração dos eventos fenológicos e as espécies foram classificadas quanto às síndromes de polinização e dispersão. Os dados foram analisados com teste G, regressão linear e estatística circular. No estudo da diversidade funcional criou-se uma matriz de traços funcionais para a borda e interior incluindo aspectos fenológicos, estruturais e reprodutivos.Mensurações de atributos foliares (espessura, massa seca de folha por unidade de área, suculência, densidade, razão de área foliar e fração de massa foliar), densidade e água de saturação da madeira foram realizadas nas estações seca e chuvosa (setembro/2012 e janeiro/2013) em 20 espécies. Foram feitas regressões entre as fenofases e as variáveis ambientais (precipitação, temperatura, umidade relativa, fotoperíodo e insolação), estatística circular e comparações dos atributos foliares e densidade de madeira entre a estação seca e chuvosa através do teste G e ANOVA. A ordenação das espécies em relação aos atributos foliares e de madeira foi avaliada pela Análise do Componente Principal (ACP). Os grupos funcionais foram definidos por Cluster analysis com distância de Gower e calculados os índices Functional richness (FRic), Functional divergence (FDiv), Functional evenness (FEve), Functional dispersion (FDis). ANOVA e regressão linear foram usadas para avaliar os índices entre áreas. No estudo fenológico vegetativo acompanhou-se o brotamento e queda foliar de 350 indivíduos arbóreos na comunidade (39 espécies). Foi verificado um maior impacto da borda linear sobre a composição florística,a diversidade e abundância das espécies, enquanto menor interferência foi verificada na estrutura da comunidade arbórea, uma vez que parâmetros fitossociológicos e proporções entre as categorias sucessionais não diferiram significativamente entre borda e interior do fragmento.As análises fenológicas revelaram que a floração e frutificação na borda e interior foram contínuas por períodos longos e com baixa intensidade, sendo assincrônico e assazonal para a maioria das fenofases, com diferença significativa no número de indivíduo para botão.Sazonalidade na floração e frutificação foi observada para arbusto e erva terrestre em ambas as áreas e epífitas para a borda.Proporções semelhantes no número de espécies por síndromes de polinização e dispersão foram encontradas na borda e no interior, com predominância de espécies melitófilas e zoocóricas.A vegetação foi perenifólia, com brotamento e queda foliar contínuos, baixa intensidade e baixa sincronia. O brotamento foliar relacionou-se com precipitação e insolação e a queda com precipitação e umidade. Variação significativa entre as estações seca e chuvosa foram observadas na proporção de água saturada na madeira, razão de área foliar e suculência da folha. ACP revelou maior variança para densidade da madeira (88,7%) e água armazenada (11,3%), agrupando a maioria das espécies com padrão fenológico perenifólios e perenifólios episódicos, os demais atributos não apresentaram relevância em relação aos padrões fenológicos. Os principais grupos funcionais formados na borda e no interior foram semelhantes, definidos com base na forma de vida, estrato e síndrome de polinização e dispersão. Das espécies co-ocorrentes (40 espécies), 22,5% pertencem a grupos funcionais distintos devido a diferentes padrões fenológicos. Os índices de diversidade funcional apresentaram valores médios superiores para a borda, exceto FRic que foi superior no interior da floresta. Estes não foram alterados pela distância com a borda. Alterações foram observadas no interior em relação à riqueza de espécie e ao índice de Shannon - Wiener apenas para FRic.A implementação de infraestruturas lineares traz impactos semelhantes àqueles advindos de outros tipos de bordas na estrutura da comunidade. Nos demais aspectos analisados as variações foram sutis para a comunidade arbórea, mas o mesmo não ocorreuem relação a arbustos, ervas e trepadeiras. A vegetação pôde ser classificada como floresta tropical estacional submontana sempre verde, com pequena variação anual na fisionomia da vegetação, sendo os tipos perenifólios e perenifólios episódicos predominantes tanto em número de espécies quanto na sua abundância. Os atributos foliares não apresentaram relevância em relação aos padrões fenológicos, não sendo bons descritores para a floresta estacional sempre verde. Não há diferença significativa na diversidade funcional, mas o maior índice obtido no interior para a riqueza funcional reflete a perda biológica ocasionada na borda pela instalação da borda linear.Aspecto evidenciado pela maior abundância deEschweilera tetrapetala Mori no interior, espécie endêmica das florestas submontanas da região. O presente estudo pôde contribuir com futuros trabalhos de conservação por constatar a interferência da borda linear no ecossistema florestal, bem como com a classificação das florestas brasileiras, ao verificar a ocorrência de florestas estacional sempre verde no Bioma Caatinga.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Doutorado Acadêmico em Botânica}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS} }