@MASTERSTHESIS{ 2015:1386188937, title = {Sobrevida e fatores associados ao óbito em crianças, adolescentes e adultos jovens soropositivos para HIV por transmissão vertical}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/357", abstract = "Objetivo: analisar a sobrevida e fatores associados ao óbito em crianças, adolescentes e adultos jovens infectados pelo HIV , por transmissão vertical, matriculados no Centro de Referência Municipal (CRM) DST/HIV/AIDS de Feira de Santana. Métodos: estudo observacional, longitudinal, desenvolvido a partir de uma coorte de soropositivos para HIV, infectados por transmissão vertical, a partir de dados secundários obtidos da revisão de prontuários clínicos de 37 crianças, 21 adolescentes e cinco (5) adultos jovens, na faixa etária compreendida entre 0 e 24 anos , matriculados no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do CRM, no período de 2003 a 2014. Nas análises foi utilizado teste 2 de Pearson, teste exato de Fisher e respectivo valor p, para investigar fatores associados ao óbito. Além disso, foi utilizada análise de sobrevida com construção das curvas de Kaplan-Meier e teste log-rank a fim de verificar associação estatisticamente significante entre os grupos das variáveis elencadas. Finalmente, utilizou-se regressão de riscos proporcionais de cox para estimativa ajustada dos fatores de risco para óbito. Resultados: Houve predomínio das faixas de 0-12 anos (58,7%) e 13 a 19 anos (33,3%), sexo feminino (52,4%) e cor negra/parda (71,8%).. A maioria da população estudada fazia uso de TARV (71,4%), 82,5% não apresentavam comorbidades e 65,1% não foram acometidos por infecções oportunistas não orais, embora, 85,7% apresentaram, pelo menos, um episódio de candidíase oral. . Dos indivíduos estudados, 71,4% estavam vivos até o fim do período de seguimento; 23,8% tiveram Aids como causa morte e três 4,8% óbitos ocorreram por outras causas. Como fatores de risco associados ao óbito destacaram-se as variáveis “faixa etária” (p=0,02), “infecção oportunista não oral” ( p=0,00), “candidíase oral” (p=0,00), “contagem de células CD4” (p=0,03). A análise de sobrevivência demonstrou probabilidade na redução do tempo de sobrevida apenas para indivíduos que chegaram ao serviço com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3 ( p=0,00). A mediana do tempo de sobrevida geral foi de 8,8 anos, sendo que os indivíduos em uso de TARV apresentaram sobrevida maior (10,6 anos) quando comparados aos que não usaram antirretroviral (6,0 anos). Na análise multivariada, as variáveis estatisticamente significativas foram idade (< 13 anos), comportando-se como fator de proteção (HR:0,88; IC 95%: 0,78-0,98) e infecção oportunista não oral como fator de risco para óbito (HR:4,3; IC 95%: 1,51-12,1). Conclusão: Este estudo aponta para o aumento da sobrevida entre infectados por via vertical, evidenciado através do número significativo de indivíduos que chegaram à adolescência e, possivelmente, isto deve-se à utilização de antirretroviral com tempo de sobrevida maior entre aqueles que faziam uso da terapia, o que demonstra que bons resultados podem ser alcançados, mesmo em países com recursos limitados. As causas de óbito assemelharam-se ao padrão nacional, embora esse esteja em processo de transição, considerando as causas não relacionadas à Aids. A infecção oportunista permaneceu como fator de risco para óbito, concordando com a literatura. Os resultados apontam necessidade contínua de adequações e empreendimentos, a fim de lidar com o desafio de uma infecção crônica entre indivíduos em fase de vulnerabilidade, próprias da juventude.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }