@MASTERSTHESIS{ 2017:963331771, title = {Mortalidade por homicídios no Brasil: diferenciais segundo a raça/cor da pele entre 2005 a 2014}, year = {2017}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/652", abstract = "A mortalidade por homicídio é um relevante problema de saúde pública, esse tipo de morte violenta é um fenômeno complexo do mundo moderno. De igual modo, reflete também a condição social, política e econômica de uma sociedade, produto da desorganização social decorrente do aumento populacional intenso e da deficiência da oferta de bens e serviços. Objetivo: Analisar espaço-temporalmente as mortes por homicídios e seus fatores determinantes considerando diferenciais por raça/cor da pele, no Brasil, no período de 2005 a 2014. Material e Métodos: O primeiro artigo é um estudo de série temporal no qual se calculou as taxas de homicídios segundo sexo, faixa etária e raça/cor da pele nos estados brasileiros no período de 2005 a 2014. O segundo se constitui em um estudo ecológico analítico que teve como unidade de análise os 27 estados brasileiros, e para análise utilizou-se o método de Dados em Painel com Regressão Binomial Negativa e modelo de efeitos fixos. Resultados: No primeiro artigo os dados apontaram que os negros representaram 72,2% dos homicídios, especialmente jovens, ambos os sexos, baixa escolaridade, faixa de 20 a 29 anos. As taxas de homicídios tiveram tendência crescente para os homens negros e decrescente para os homens brancos. As mulheres apresentaram tendências crescentes independente da raça/cor da pele. A maior variação das taxas médias anuais ocorreu em jovens de 15 a 19 anos. Estes resultados foram estatisticamente significantes em nível de 5%. No segundo artigo evidenciou-se uma sobremortalidade masculina negra na maior parte dos estados brasileiros. As áreas com maior proporção da população masculina negra de 15 a 49 anos, apresentaram maiores riscos de morte por homicídio, e ainda quando ajustada para as outras co-varíaveis presentes no modelo não perdeu a força da associação e significância estatística. O IDH e taxa de desemprego apresentaram relação direta com os homicídios, enquanto que índice de Gini, taxa de analfabetismo, taxa de urbanização apresentaram relação inversa. Os resultados indicaram um risco de morte por homicídio masculino em estados brasileiros de 47,24%, cuja proporção da população negra é maior que 75,0% (RR ajustado =1,47; p=0,01; IC95%= 1,18-1,83). Conclusões: Os dados produzidos evidenciaram que a população masculina negra na faixa etária de 15 a 49 anos apresentam maior risco de morrer por homicídios do que a branca. A maior proporção da população masculina negra por estado per se não é suficiente para explicar as mortes por homicídio, uma vez que, o homicídio é um fenômeno social complexo, multifacetado, e que ainda necessita ser melhor esclarecido, mas esse é um fator que deve ser considerado nas políticas públicas existentes ou naquelas a serem implementadas.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }