@MASTERSTHESIS{ 2012:1780823794, title = {Processo de trabalho do agente ind?gena de sa?de: interrela??o ?tnica e cultural na aten??o b?sica de sa?de no contexto}, year = {2012}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/994", abstract = "Com os objetivos de analisar o processo de trabalho dos Agentes Ind?genas de Sa?de na Aten??o B?sica dentro da Equipe Multidisciplinar de Sa?de Ind?gena (EMSI); discutir os saberes e as pr?ticas em sa?de a partir da inter-rela??o ?tnica/cultural dos AIS com os demais membros da EMSI e usu?rios e identificar as facilidades, as dificuldades, os conflitos, as contradi??es e as expectativas no desenvolvimento do processo de trabalho dos AIS na EMSI, ou seja, entre os trabalhadores de sa?de n?o ind?genas e ind?genas, nos seus processos de trabalho e com os usu?rios. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa com aproxima??o de uma pesquisa social cujo campo de investiga??o foi o munic?pio de Banza? - BA, onde residem ?ndios Kiriri. Os sujeitos deste estudo foram constitu?dos por tr?s seguimentos sociais, classificados em grupo I: os AIS que atuam na Unidade de Sa?de da Fam?lia Ind?gena (USFI) e/ou Unidades B?sicas de Sa?de (UBS) e demais membros da EMSI; grupo II, os informantes-chave - benzedeiras, paj?s, professores e outros e grupo III, os usu?rios da Unidade de Sa?de da Fam?lia Ind?gena. As t?cnicas de coleta de dados utilizada foi a observa??o participante acompanhados por di?rio de campo e ilustrados de registro fotogr?fico e a entrevista semiestruturada. O m?todo de an?lise utilizado foi a an?lise de conte?do. Diante dos dados, duas categorias anal?ticas emergiram, sendo a categoria 1- O processo de trabalho do AIS no contexto Kiriri: fragmentado, pontual, contradit?rio e conflitante e a categoria 2 ? O trabalho em sa?de entre fronteiras culturais: interrela??o ?tnica e cultural na sa?de no contexto Kiriri. Nos resultados apresentados os AIS compreendem a comunidade como seu objeto de trabalho numa perspectiva coletiva, por?m h? concep??es que se pautam em um objeto individual (o ?ndio); e at? o profissional como o objeto da sua aten??o; Quanto ?s finalidades do processo de trabalho, h? uma converg?ncia dos entrevistados sobre as necessidades individuais e n?o um trabalho voltado para o coletivo; a preven??o e a promo??o da sa?de foram apontados como elementos constituintes do processo de trabalho do AIS, apesar de que durante as observa??es notou-se que tais sujeitos t?m se afastado deste referencial, inclusive as pr?ticas educativas em grupo n?o fazem parte da sua pr?xis, restringindo as a??es ? orienta??es individuais nos domic?lios; as principais atividades que os AIS referem executar s?o as visitas domiciliares e as orienta??es individuais; contrariamente ? nossa observa??o mostrou as atividades dos agentes restritas a passagem de recados da equipe para a comunidade e a solicita??o via telefone de carro para as emerg?ncias. O estudo revelou ainda o ?excesso? de cobran?as a que s?o submetidos os AIS por desconhecerem o seu ?papel?, devido a falta de qualifica??o profissional, fazendo com que eles deixem de realizar atribui??es b?sicas de uma agente local de sa?de e passem a realizar a??es que fogem as atribui??es profissionais do AIS, descaracterizando o seu processo de trabalho. Evidenciadas ainda as dificuldades que os AIS enfrentam para o desenvolvimento das suas atividades: falta de materiais e recursos, cobran?as da comunidade, culpabiliza??o dos AIS por tais problemas, falta de reconhecimento profissional e de garantias trabalhistas, o que concretamente deixa transparecer que desconsidera as prerrogativas da Pol?tica Nacional de Sa?de Ind?gena e das legisla??es que abordam as garantias reservadas aos grupos ind?genas. Os instrumentos de trabalho apontados pelos entrevistados remetem ?s pr?ticas embasadas em procedimentos numa l?gica mecanicista, apesar de alguns depoimentos darem ?nfase ?s tecnologias leves no processo de trabalho desses agentes. Quanto ? concep??o de sa?de houve uma variedade de conceitos que partem desde a concep??o higienista, a aus?ncia de doen?a at? a concep??o ampliada de sa?de. A segunda categoria revelou a exist?ncia de conflitos culturais no interior das rela??es da EMSI. A dicotomiza??o entre a quest?o do universalismo como direito constitucional assegurado a todos e do relativismo Cultural como prerrogativa para o olhar ?s quest?es ind?genas. A falta de forma??o profissional foi apontada como elemento amplificador de tais conflitos na medida em que os AIS n?o conseguem compreender a necessidade de articula??o de saberes populares e cl?nicos; alguns depoimentos apontaram as a??es dos AIS plenamente voltada ? sua cultura, outros entrevistados demonstraram a supervaloriza??o do saber biom?dico, e articula??o de sabes cl?nicos e tradicionais foi tamb?m referenciada em alguns sujeitos. Ainda ficou evidente a dificuldade de acesso aos servi?os municipais de sa?de pelos ?ndios, fortalecido pelos conflitos hist?ricos e pela concep??o err?nea sobre ?aten??o diferenciada? que exime o munic?pio da responsabiliza??o pela sa?de dos ind?genas contrariando o princ?pio primordial do Sistema ?nico de Sa?de ? a universalidade.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acad?mico em Sa?de Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SA?DE} }