@PHDTHESIS{ 2012:366656589, title = {Fitogeografia e estrutura das florestas estacionais deciduais no Brasil}, year = {2012}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1037", abstract = "A tese visou contribuir para o conhecimento das Florestas Estacionais do Brasil, ainda pouco estudadas, tanto em rela??o ? composi??o flor?stica como ? estrutura. O presente trabalho considerou as Florestas Estacionais Deciduais (FEDs) segundo classifica??o do IBGE e visou testar a hip?tese de que, apesar das FEDs existirem em v?rias regi?es do Brasil, elas apresentam uma baixa rela??o flor?stica, quando se comparam FEDs na borda da Caatinga do Nordeste, com as do oeste do Maranh?o, as do Cerrado do Centro-Oeste e as do Sul do Brasil. Foram realizados estudos comparativos da composi??o flor?stica e estrutura de dez ?reas selecionadas de FEDs no Brasil, enfocando tamb?m aspectos ambientais. O trabalho de campo foi desenvolvido entre 2002 e 2010, nas seguintes ?reas: 1. Parque Estadual do Turvo ? RS; 2. Parque Estadual do Morro do Diabo ? SP; 3. Planalto Conquistense ? BA; 4. Serra de Montes Altos ? BA; 5. - Parque Nacional da Serra das Confus?es - PI; 6. Parque Estadual Prof. Vasconcelos Sobrinho ? PE; 7. Reserva Biol?gica Pedra Talhada ? AL; 8. Parque Estadual Terra Ronca ? GO; 9. Parque Estadual dos Pirineus ? GO; 10. Reserva Extrativista do Ciriaco - MA. O estudo fitossociol?gico foi desenvolvido em trechos de vegeta??o mais bem preservados, onde foram estabelecidas por cainhada aleatoria 15 parcelas de 30 x 10 m em cada uma das ?reas, sendo inclu?dos todos os indiv?duos com per?metro ao n?vel do peito ? 20 cm. Os indiv?duos arborescentes foram numerados, caracterizados e medidos quanto ? altura e ao per?metro, sendo coletado material bot?nico para herboriza??o e identifica??o. Foram calculados os seguintes par?metros fitossociol?gicos: Valor de cobertura (VC), Domin?ncia (Do), Densidade (D) e ?rea Basal (AB). A diversidade das FEDs foi avaliada pelo n?mero de esp?cies, similaridade flor?stica e ?ndices de diversidade de Shannon (H?), Pielou e Simpson, assim como a propor??o entre n?mero de esp?cie e de indiv?duos (sp/ni). A partir de matrizes bin?rias e de abund?ncias das esp?cies nas 10 FEDs, foram realizadas an?lises multivariadas de classifica??o e ordena??o para an?lises de similaridades flor?sticas e estruturais, assim como fitogeogr?ficas, que tamb?m consideraram influ?ncias de fatores ambientais. Fatores hist?ricos como glacia??es e emers?o da plataforma continental foram considerados na evolu??o das FEDs no Brasil. Foram encontradas 756 esp?cies, comportadas em 243 g?neros de 82 fam?lias, sendo a fam?lia Leguminosae representada por 21% do total das esp?cies da flora, seguida de Myrtaceae com 9,5%, Rubiaceae com 4,2%, Lauraceae com 3,7%, Annonaceae com 3,3% e Euphorbiaceae com 3,3%. Considerando o conjunto das florestas estudadas, a altura m?dia foi 9,6 m e a moda 7 m, com 87% do componente dominante entre 6 e 15 m de altura, sendo a D m?dia de 1.224 indiv?duos vivos/ha, AB m?dia de 27 m2/ha, H? m?dio de 3,9, sp/ni m?dia de 0,2 e riqueza m?dia de 99 esp?cies (em 0,45 ha). A curva do coletor mostrou sufici?ncia flor?stica nas FEDs estudadas. A mortalidade nas FEDs analisadas est? na faixa usual para florestas consideradas em bom estado de conserva??o. A classifica??o das florestas resultou em grandes grupos, com a floresta do norte da borda amaz?nica (Ciriaco) distinta das demais florestas, com distin??es entre as florestas do Sul/sudeste das do Nordeste/centroeste do Brasil. A an?lise de correspond?ncia can?nica mostrou que as FEDs foram separadas principalmente pelos padr?es de d?ficit h?drico associados aos climas tropicais de chuvas de inverno e ver?o seco (Aw), de chuvas de ver?o e inverno seco (As) e subtropical (Cf). As Florestas Estacionais Deciduais como observamos hoje ? resultado das mudan?as clim?ticas e a expans?o e contra??o da plataforma continental como resultado das mudan?as do n?vel do mar com a migra??o das esp?cies no sentido interior para o litoral e vice versa. Essas, resultaram em mudan?as de habitats e poss?veis mudan?as adaptativas, especialmente quando ?s distribui??es das esp?cies tornaram-se fragmentadas. Tal conjunto de fatores interagindo levaram a diferencia??es flor?sticas parciais nas Florestas Estacionais. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que as FEDs do Brasil apresentam diversidade m?dia a alta e um padr?o fitogeogr?fico heterog?neo, revelado pela ocorr?ncia de correla??o flor?stica baixa entre FEDs da borda da Amaz?nia e do agreste do Nordeste e do Sul/Sudeste. Confirmou-se, portanto, a hip?tese levantada no in?cio do projeto.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Doutorado Acad?mico em Bot?nica}, note = {DEPARTAMENTO DE CI?NCIAS BIOL?GICAS} }