@PHDTHESIS{ 2011:1293798164, title = {Uso, manejo e estrutura da vegeta??o da caatinga por duas comunidades quilombolas do munic?pio de Jeremoabo, Bahia, Brasil}, year = {2011}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1066", abstract = "Pesquisas no campo da etnobot?nica, principalmente quantitativa, com comunidades quilombolas ainda s?o escassas, sobretudo na Bahia, um dos Estados que apresenta o maior n?mero de comunidades quilombolas no pa?s (678 comunidades). O estudo do conhecimento local sobre o uso e a diversidade dos recursos vegetais nas comunidades quilombolas de Casinhas e Baixa dos Quel?s, localizadas no munic?pio de Jeremoabo, Bahia, teve como objetivo verificar as esp?cies culturalmente importantes, seus padr?es de uso e relacion?-los com os descritores estruturais da vegeta??o local. Para isso utilizou os m?todos quantitativos e qualitativos da etnobot?nica, juntamente com os m?todos ecol?gicos de estudo da vegeta??o. Foram realizadas entrevistadas com 46 colaboradores (homens e mulheres) nas duas comunidades para determina??o do valor local de esp?cies de plantas e 12 colaboradores especialistas locais na comunidade Baixa dos Quel?s para determina??o das esp?cies medicinais culturalmente salientes. Os crit?rios de inclus?o para participar da pesquisa foram: ser quilombola, maior de dezoito anos e viver no quilombo pelo menos h? dez anos. Para o estudo da fitossociologia foi selecionada uma ?rea de maior intensidade de uso (?rea 1) e outra de pouco impacto humano (?rea 2) na comunidade B. dos Quel?s. Aplicou-se o m?todo ponto quadrante com inclus?o de toda esp?cie com DNS (Di?metro ao N?vel do Solo) ? 3 cm e altura ? 1 m. Foram citadas oitenta e seis esp?cies vegetais pelos colaboradores das duas comunidades, distribu?das entre 36 fam?lias e 60 g?neros. Essas esp?cies s?o usadas como medicinal (75,6%), ritual ou religioso (22,1%), constru??o (19,8%), alimenta??o (15,1%), combust?vel (9,3%), veterin?rio (5,8%), mel?fera (5,8%), forrageira (4,6%), artesanato (1,2%) e comercializa??o (1,1%). As cinco esp?cies que tiveram o maior valor local, por comunidade, em ordem decrescente foram: Casinhas ? Gochnatia oligocephala (Gardner) Cabrera (Asteraceae) (candeia - 5,49), Hymenaea courbaril L. (Fabaceae) (jatob? - 3,87), Poincianella microphylla (Mart. ex G.Don) L.P.Queiroz (Fabaceae) (catingueira - 2,88), Lippia thymoides Mart. & Schauer (Verbenaceae) (alecrim - 2,70), Schinus terebentifolia Raddi (Anacardiaceae) (aroeira - 2,23), para Baixa dos Quel?s tem-se: Gochnatia oligocephala (candeia - 4,83), Myrcia polyantha. DC. (Myrtaceae) (ara?? preto - 4,07), Schinus terebentifolia (aroeira - 3,09), Mimosa tenuiflora (Wild.) Poir. (Fabaceae) (jurema-preta - 2,66), Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. (Boraginaceae) (caatinga-de-cheiro - 2,59). Das setenta e uma esp?cies que se destacaram na terap?utica local as cinco esp?cies mais salientes foram: Gochnatia oligocephala (0,52), Cordia curassavica (0,37), Schinus terebentifolia (0,27), Mimosa tenuiflora (0,25) e Lippia thymoides (0,23). Quatorze sistemas de doen?as foram identificados e o sistema respirat?rio (21,23%) e digest?rio (20,54%) foram os mais citados para tratamento com plantas medicinais. A esp?cie Gochnatia oligocephala foi a mais indicada na terap?utica local para tratar gastrite e Cordia curassavica para combater os sintomas da gripe. Das 64 esp?cies encontradas nas duas ?reas de mata, 32 esp?cies (50%) possuem uso reconhecido, sendo agrupadas em nove categorias de uso. Leguminosae (sensu Engler) (9) e Myrtaceae (6) foram as fam?lias com maior n?mero de esp?cies. A categoria de uso com maior n?mero de esp?cie foi a medicinal (17) seguida de combust?vel (13) e constru??o (8). Gochnatia oligocephala (Candeia) e Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R. W. Jobson (quip?) foram as esp?cies com maior n?mero de usos, quatro cada uma. Myrcia polyantha (ara??-preto), Gochnatia oligocephala (candeia) tiveram maior IVI no estudo da estrutura da ?rea 1 e juntas detiveram 34,54% do IVI. Essas plantas s?o usadas principalmente como combust?vel. A an?lise de correla??o mostrou que os par?metros ecol?gicos como densidade (r = 0,49, p < 0,05), freq??ncia (r = 0,47, p < 0,05) e valor de import?ncia (r = 0,58, p < 0,05) foram significativos e positivos, por? moderados, com o valor local calculado para as esp?cies vegetais na comunidade Baixa dos Quel?s. O estudo do uso, manejo e conhecimento sobre plantas pelos quilombolas, al?m de registrar e valorizar os saberes dessas comunidades tradicionais poder? ser considerado nas pol?ticas p?blicas de sa?de voltadas para atender ?s necessidades dessas popula??es e nos programas de conserva??o da caatinga.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Doutorado Acad?mico em Bot?nica}, note = {DEPARTAMENTO DE CI?NCIAS BIOL?GICAS} }