@MASTERSTHESIS{ 2011:158461414, title = {Efeitos do fogo sobre a vegetação em duas áreas de campo rupestre na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil}, year = {2011}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1070", abstract = "O fogo é considerado como um dos fatores determinantes da estrutura e composição da vegetação campestre e das savanas tropicais, exercendo grande influência nas suas fisionomias e composições florísticas. A elevada freqüência de fogo na Chapada Diamantina é preocupante por se tratar de um importante centro de diversidade de montanhas do Brasil, com elevado número de espécies de plantas endêmicas. O presente estudo teve por objetivo detectar alterações florísticas e estruturais decorrentes de queimada em comunidade vegetal campestre e detectar padrões de recobrimento da vegetação em substratos rochoso e arenoso. Foi estudada uma área de campo rupestre queimada em novembro de 2008 (12°27’50,9” – 12°27’52,5”S e 41°25’50,7”- 41º26’02,6”W), localizada na APA Marimbus-Iraquara, e outra área utilizada como controle, com última queimada em outubro de 2005 (12°28’00,5” – 12°28’01,4” S e 41° 26’03,8” – 41°26’05,1” W), localizada no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Foram sorteadas 16 unidades de 10x10m divididas em subunidades de 2x2m, a partir das quais os percentuais de cobertura e altura das espécies foram estimados. A importância dos tipos de regeneração foi medida pela proporção de indivíduos com crescimento a partir de rebroto ou semente e das formas de vida de Raunkiaer. Foram relacionadas 128 espécies, incluídas em 92 gêneros e 40 famílias, sendo que 45% das famílias foram representadas por apenas uma espécie. Das espécies registradas no levantamento florístico, 83 ocorreram nas áreas queimadas e 56 nas áreas controle. As famílias com maior porcentagem de cobertura nas áreas queimadas de substrato rochoso foram Poaceae, Leguminosae e Bromeliaceae, enquanto que nas áreas de substrato arenoso foram Poaceae, Leguminosae e Cyperaceae. Apesar das alterações constatadas, dezoito meses após a queimada ocorrida em novembro de 2008, a área de campo rupestre atingida pelo fogo apresentou composição de famílias e estrutura semelhantes às da vegetação da área controle. A redução na área de cobertura das espécies que cresceram via semente, que não conseguiram se estabelecer após a queimada, e a rebrota da maioria das espécies predominantes na área podem ser possíveis explicações para tal resultado. Foi possível constatar que a o número de espécies e a altura média da vegetação na área queimada aumentam progressivamente e de forma semelhante nos dois tipos de substrato, porém, dezoito meses não foram suficientes para restabelecer a área de cobertura em vegetação de campo rupestre, uma vez que nas áreas de substrato arenoso houve a regeneração de apenas 46% da vegetação em relação ao controle, enquanto na área de afloramento rochoso essa regeneração foi de 67%. As espécies hemicriptófitas são mais comuns em ambientes perturbados pelo fogo, independente do tipo de substrato. O número de espécies capazes de rebrotar é maior no substrato rochoso, enquanto que espécies que surgem via semente, são mais comuns em substrato arenoso. Entretanto, as espécies que utilizam as duas estratégias de crescimento apresentaram maior área de cobertura ao longo do estudo nos dois tipos de substratos queimados, mostrando que esta é a estratégia de ocupação mais eficiente, uma vez que permanece no local previamente estabelecido (rebroto) e ocupa novas áreas abertas (semente).", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Botânica}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS} }