@MASTERSTHESIS{ 2020:674254758, title = {Águas do semiárido: mulheres rurais e o acesso a cisterna para consumo humano no município de Serrinha-Bahia}, year = {2020}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1636", abstract = "As condições subalternas historicamente vivenciadas pelas mulheres do Semiárido brasileiro são decorrentes das desigualdades de gênero, atrelando-as aos espaços da esfera privada e, por conseguinte, incumbidas da responsabilidade com o abastecimento e cuidado com a água para as necessidades domésticas e a não participação nas tomadas de decisões. As tecnologias sociais implementadas (em comunidades rurais) no município de Serrinha têm incorporado a perspectiva de gênero e mobilizado ações que interferem nas questões sociopolíticas, econômicas e culturais. Diante de tal contexto, o objetivo desse estudo é analisar o acesso das mulheres rurais à política de água- cisternas para consumo humano e saber em que medida este acesso contribuiu para sua autonomia econômica e participação sociopolítica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada em entrevistas semiestruturadas e oficinas temáticas, com uso da sistematização gráfica, realizadas com as mulheres beneficiárias e as lideranças de organizações sociais que integraram a Comissão Municipal de Água. Os resultados desse estudo apontam os desafios para viver e conviver em áreas com longos períodos de estiagem, paralelo ao pouco acesso à água, o que promove muitas dificuldades para as mulheres, além de acentuar a divisão sexual do trabalho doméstico e as poucas oportunidades a elas ofertadas, tendo em vista as desigualdades de gênero e raça presentes e a insuficiente participação nas tomadas de decisões relacionadas a política hídrica. Por outro lado, identificamos a atuação das mulheres em organizações diversas que se articulam em torno de políticas de convivência com o Semiárido, tanto em ações comunitárias quanto de âmbito municipal e regional, o que revela um processo de tomada de consciência sobre seus direitos e as opressões vivenciadas, de modo a protagonizar lutas e conquistas. Ressaltamos, portanto, a necessidade de formuladores das políticas incorporar a equidade de gênero em todos os níveis da sua elaboração e implementação, bem como as organizações da sociedade civil estabelecer mais sinergia com a pauta das mulheres e reconhece-las enquanto sujeitos políticos autônomos. Desse modo, é necessário nutrir-se dos aprendizados, experiências e conhecimentos das mulheres rurais que buscam de forma resistente e resiliente construir alternativas para o Bem Viver no Semiárido.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Profissional em Planejamento Territorial}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA} }