@MASTERSTHESIS{ 2007:869256348, title = {UMA EPOP?IA DE INDIGNA??O E TERNURA Meu querido canibal sob a ?tica da metafic??o historiogr?fica}, year = {2007}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/20", abstract = "A partir da leitura de Meu querido canibal, de Ant?nio Torres, esta disserta??o procura mapear o imagin?rio colonial na contemporaneidade, atrav?s de uma revisita??o da hist?ria, com um olhar p?s-colonial. A cristaliza??o quebra-se pelo paradoxo metaficcional, para permitir o encaixe de mais uma pe?a (vers?o) do mosaico que forma a na??o/identidade cultural brasileira. O mito de na??o, o enquanto fundador de comunidade, gerou um sem-fim de pesquisas e inven??es das mais variadas e adversas poss?veis. Torres utiliza-se de mitos e mostra a narrativa de uma na??o desvestida da cor, para reconhecer, em sua identidade, o h?brido gerado n?o s? do processo de acultura??o, mas de algo mais espec?fico, do processo da transcultura??o. V?rios povos de territ?rios distintos se estabelecem num mesmo espa?o, desenhando uma hist?ria de diversidade cultural. ? literatura cabe a fun??o de recuperar passado/presente, fora/dentro em atos antropof?gicos para expressar a cultura nacional. Nesse mapeamento do imagin?rio colonial, amplia-se um universo dentro das singularidades que n?o permitem fronteiras, porque estas fronteiras s?o constru?das pelo homem, que resiste em reconhecer-se no outro. Meu querido canibal representa esse conflito em reconhecer o outro. As tribos ind?genas aqui viviam em guerras; no entanto, a luta contra os invasores uniu os ?ndios dessas tribos, atrav?s do grande chefe Cunhambebe, na Confedera??o dos Tamoios. Os tamoios perderam o seu espa?o, ficaram ? margem num lugar indefinido, vago , mas buscavam reconquistar o seu lugar. Tarefa ?rdua face ? resist?ncia europ?ia em aceitar uma cultura incivilizada e desprovida de um m?nimo de organiza??o . Um redimensionamento do olhar permite uma conscientiza??o da hibridez na forma??o de uma identidade coletiva e plural. Uma hibridiza??o em todos os sentidos: ra?a, linguagem, cultura... Nesse sentido surge o espa?o do subalterno: o interst?cio, o lugar nenhum. Espa?o formado mediante o processo ineg?vel de transcultura??o, formador do povo brasileiro, criador da imagem das fissuras da diversidade, situado num espa?o intervalar desconhecedor de fronteiras que marcaram um passado de nega??o, de superioridade, de explora??o. A antropofagia contempor?nea, retomada por Torres atrav?s da fic??o, repete de um outro lugar e com um outro olhar a hist?ria da domina??o cultural.", publisher = {UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Literatura e Diversidade Cultural}, note = {Literatura e Cultura} }